10.4.06

da série "Propaganda Gratuíta"


O Asseclas é uma das melhores bandas de rock de Teresina. E também uma das com maior tempo de estrada: 15 anos.
Nesta quinta-feira, dia 13 de abril, a banda se apresenta no Teatro João Paulo II, também conhecido como Teatro-Escola do Dirceu. Vale a pena.
Quem for só não vai me encontrar porque eu não vou estar em Teresina (Foi mal, Fernandos, mas eu já tava de viagem marcada).
É, provavelmente, a melhor pedida para quem fica na cidade.

10.2.06

Da Série "Na Minha (Não Tão) Humilde Opinião"

A pouco tempo atrás, creio que todo mundo se lembra, Mel Gibson produziu um filme sobre os últimos momento de Jesus Cristo antes da crucificação. "A Paixão de Cristo" foi criticado tanto por sua violência grpafica quanto por seu suposto anti-semitismo. Rabinos no mundo todo fizeram protestos e propuseram boicotes.
A alguns anos, talvez alguns não lembrem, Kevin Smith produziu um filme chamado "Dogma". A fita é uma comédia em que Deus some do paraíso e uma jovem que trabalha em uma clínica de abortos é chamada para encontra-la (isso meso, Deus é uma mulher... Aliás, Deus é a Alannis Morissette). Vários grupos cristãos portestaram e propuseram boicotes.
Ok, eu poderia passar meses citando exemplos (Jesus Cristo Superstar, A Ùltima Tentação de Cristo, as HQs Preacher e Lúcifer...), mas a troco de que eu toquei nesse assunto?
Qualquer pessoa que acompanhe o noticiário internacional já imagina: As reações em grande parte do mundo islâmico às charges dinamarquesas sobre Maomé.
Ignoremos a analise da qualidade das charges (tá, eu sei, elas são péssimas). O que importa aqui é o mesmo que importava no velho caso Rushdie X Khomeini (tá bom, Versos Satânicos é aidna pior que as charges). A pegunta central é: Um homem tem o direito de dizer coisas que possam ofender a sensibilidade religiosa de outros?
A resposta óbvia, e cada vez mais ignorada, é: Claro que sim!!!! Cada pessoa tem direito à própria opinião. Bem como a emitir essa opinião. Desde que não disfarce sua opinião como fato você pode dizer o que quiser. Apenas lembre-se que a pessoa que se sentir ofendida tem o direito de te responder o que ela quiser também.
Eu comecei pelos exemplos acima para comparar a reação democrática (protestos, boicotes, etc..) à anti-democrática (violência, pedido de censura, etc...). Se a opinião de alguém te ofende, contra-ataque no terreno das opiniões. E viva o contraditório!

PS: relendo os primeiros parágrafos, parece que eu não acredito que o Islã combine com democracia. Não é bem assim, eu acho que o Islã combina com democracia tanto quanto qualquer outra religião (quem me conhece melhor sabe o que isso significa). Eu vou ficar procurando um exemplo de reação democrática praticada por islâmicos. Quem lembrar de algum, eu agradeço.

21.1.06

Da Série "Poesia Fora de Hora"

Eu tenho saudades
Nem sempre sei bem de que.
Saudades de coisas mil,
Até de luguraes que não passei

Eu tenho saudades,
Já faz parte de mim.
Eu tenho saudades
E estou muito bem assim.

E essa sensação tão portuguesa
Essa estranha mistura de alegria e tristeza
Ilumina o caminho que escolhi

Pois se lembrar é viver
Só vou aproveitar o que acontecer
Se nunca esquecer o que já viví

Da Série "Oops, I Dit It Again"

Uma (nem tão) pequena errata na tradução do poema do Edgar Alan Poe logo abaixo. No útlimo verso eu devia ter escrito:
"Se erguerá - Nunca mais" .
Quem me chamou a atenção para o erro foi a Ana. Infelizmente essa é toda identificação que eu tenho dela, de modo que fica um pouco difícil creditar a correção direito.

13.1.06

Da série "Esse sabe o que faz"

Edgar Allan Poe, poeta e contista, nos presenteou com algumas das melhores obras de terror, suspense e mistério de todos os tempos. Ao contrário dos Stokers e Stevensons da vida (Não me entendam mal, gosto muito de Drácula e de O Médico e O Monstro, mas Poe ainda é melhor) , criaram suspense e medo recorrendo muito raramente ao grotesco (Tá, assassinatos na Rue Morgue é uma excessão). Contos como The Black Cat ou The Fall of The House of Usher ou poemas como The Raven são lendas de um estilo de suspense que parece ter morrido, aquele que não necessáriamente apela para o sangue e morte a granel (nada contra isso também).
Segue a última estrofe de "The Raven" (O Corvo), que perde muita força quando lido por pedaços:

And the Raven, never flitting, still is sitting, still is sitting
On the pallid bust of Pallas just above my chamber door;
And his eyes have all the seeming of a demon's that is dreaming,
And the lamp-light o'er him streaming throws his shadow on the floor;
And my soul from out that shadow that lies floating on the floor
Shall be lifted--nevermore
---------------------
E o Corvo, jamais partindo, ainda está pousado, ainda está pousado
No pálido busto de Pallas sobre a porta do me quarto;
E seus olhos tem a aparência dos de um demônoi que está sonhando
E a lâmpada queimando sobre ele joga sua sombra no chão;
E minha alma acima dessas sombras, qeu são projetadas no chão
Se ergurá - Jamais

A tradução é livre e de minha lavra, por isso mesmo está uma m#$%@. Mas serve para alguma coisa

14.12.05

Da Série "Poesia Fora de Hora"

Acordo e percebo
Que era sonho meu
Que tudo que vivi
Jamais aconteceu

Sob o sol renascido
Me vejo desperto
De um sonho em que tudo
No mundo era certo

Me levanto sonolento,
Mas, por fim, enfrento
O dia como deve ser

Pois talvez tenha chegado
O dia tão esperado
De fazer o sonho acontecer

Começar de Novo

Blog novo, e-mail novo, tudo novo. Todos os posts que eu tinha feito no Mens Insana original, eu copiei pro Mens Insana 2.0. Meio fora de ordem, mas tudo bem. Só foi chato perder os comentários. Agora é começar do zero, voltar a postar (tava parado a um tempinho) e esperar os novos comentários, se alguém algum dia ler essa #$%&*. Amplexos a todos!

13.12.05

Da Série "Tudo na Vida é Clichê"

Se você não está conseguindo ver adiante, lembre-se que a noite é sempre mais escura logo antes de amanhecer. E mantenha em mente o maior ensinamento que o cinema já nos deu: "Amanhã é outro dia."

Da série "Poesia Fora de Hora"

Nâo chora, não fica triste.
Esquece teu dia escuro,
Abaixa este dedo em riste
E abraça o teu futuro.

Dança até que se canses,
Esquece o que se diz.
Ocupa tua mente antes
Com teus próprios sonhos gentis

Olvida teus inimigos,
Convoca teus bons amigos
E deixa-os sempre perto

Libera teus sentimentos
E grita aos quatro ventos:
"Às vezes dá tudo certo"

Da Série "Tudo na Vida é Clichê"

Depois de várias tentativas procurando o que ele queria em todos os lugares errados, o mocinho finalmente lembra-se de olhar pro lado e ver tudo que ele nunca percebeu no lugar que ele sempre conheceu...
Se eu tentar vender uma história assim para Holliwood, vão descartar por ser óbvia demais.

Da Série "Todo Prosa"

Inevitável

Era inevitável, se dizia o amigo. A dias ela estava triste. Nem com ele se abria. Sequer o namorado queria por perto. Era inevitável.

Era inevitável, repetia aos colegas. Ela era assim mesmo. Sozinha. Depressiva. Ninguém podia ter feito nada. Por mais que tentasse.

A mãe estava inconformada - Mães nunca se conformam - com o acontecido. Era inevitável, ele tenta consolá-la. Em vão.

Era inevitável, ele ouve repetidamente durante toda a tarde. Era inevitável. E de fato o era, diz a si mesmo. O que alguém poderia ter feito?

Com a noite vem o sono. Com sono vem o sonho.
"Era inevitável", choram anjos querubins. "Era inevitável", riem-se pequenos demônios. "Era inevitável" ele se une ao coro.

E acorda suado, com um grito, quase um pranto, que resume toda sua angústia:
- O inevitável não existe!

Da Série "Lógica Delirante"

Se você tem agluma dúvida, abrace-a.
Se você tem agluma certeza, jogue ela fora.
A vida seria muito sem graça se as coisas fossem óbvias

Da série "Poesia Fora de Hora"

Hoje acordei quebrado
Com a sensação de que algo estava errado
E um nó me apertando a garganta.

O desconforto correndo minha espinha
Anunciava um novo mal que se avizinha
Ou um velho mal que se agiganta?

E o frio na minha barriga
Era como se uma espada inimiga
Estivesse para me partir ao meio.

E esse sentimento tão estranho,
Esse mal-estar tamanho,
Não sei sequer de onde veio.

Da série "Poesia Fora de Hora"

Futuro do Pretérito
Em um mundo perfeito não perderíamos o que ganhamos.
Em um mundo perfeito não fereríamos quem amamos.

Em um mundo perfeito não existiriam arrependimentos.
Em um mundo perfeito não existiram afrontamentos.

Em um mundo perfeito não haveria deméritos.
Em um mundo perfeito não usaríamos o futuro do pretérito

Da Série "Esse Sabe O Que Faz"

Augusto dos Anjos é, na minha opinião, um dos melhores poetas em língua portuguesa (a despeito do que Olavo Bilac possa ter dito). Seus temas sombrios e o linguajar nem sempre "poético", muitas vezes "científico", causam uma estranheza interessante. O Poema abaixo chama-se Contrastes.A antítese do novo e do obsoleto,
O Amor e a Paz, o ódio e a Carnificina,
O que o homem ama e o que o homem abomina,
Tudo convém para o homem ser completo!

O ângulo obtuso, pois, e o ângulo reto,
Uma feição humana e outra divina
São como a eximenina e a endimenina
Que servem ambas para o mesmo feto!

Eu sei tudo isto mais do que o Eclesiastes!
Por justaposição destes contrastes,
junta-se um hemisfério a outro hemisfério,

As alegrias juntam-se as tristezas,
E o carpinteiro que fabrica as mesas
Faz também os caixões do cemitério!...Aos interessados, minhas sugestões, além do texto acima, são "Versos Íntimos", "Último Credo" e "Monógo de Uma Sombra"

Da Série "Lógica Delirante"

Nada como o tempo para nos fazer ver virtudes onde se viam defeitos ou pequenas faltas onde se viam horrores imperdoáveis.
Nada como o tempo para nos fazer ver defeitos onde se viam virtudes ou horrores imperdoáveis onde se viam pequenas faltas

Da série "Lógica Delirante"

Que a estrada da vida seja cheia de altos e baixos não me incomoda.
Agora, custava colocar sinalização?

Da série "Esse Sabe O Que Faz"

Dorothy Parker, grande poetisa americana, criou grandes versos sobre diversos assuntos. "A very Short Song", abaixo, é um dos mais bonitos.


A Very Short Song
Once, when I was young and true,
Someone left me sad
-Broke my brittle heart in two;
And that is very bad.

Love is for unlucky folk,
Love is but a curse.
Once there was a heart I broke;
And that, I think, is worse.


Uma Canção Muito Curta
Uma vez, quando eu era jovem e sincera
Alguém me deixou triste
Quebrou meu frágil coração em dois
E isso é muito ruim.

O amor é para azarados
O amor não passa de maldição
Uma vez houve um coração que eu quebrei
E isso, eu acho, é pior

Da série "Poesia Fora de Hora"

Não nasceram flores no jardim


Essas pedras são as dores
E as bençãos essas flores
A esperança é um jasmim.
Não nasceram flores no jardim

Todo dia uma morte
Malefícios: Toda sorte
A alegria chega ao fim.
Não nasceram flores no jardim

Para a benção da razão
Quase todos dizem não
À loucura dizem sim.
Não nasceram flores no jardim

E a face do perigo
É um demônio tavestido
Em um anjo serafim.
Não nasceram flores no jardim

E com rosto triste e duro
Fita-me o futuro
E profetiza algo assim
Não nasceram flores no jardim

Da Série "Na Minha (Não Tão) Humilde Opinião"

De quando em quando alguém me diz que vai votar contra o Estatuto do Desarmamento e me apresenta sempre o mesmo: "O governo vai desarmar o 'cidadão de bem', mas não o bandido".
Eu odeio esse argumento. E odeio por dois motivos: Não acredito em "cidadãos de bem" e o argumento esquece que nem todo crime é cometido por um bandido.Como diria Jack, o Estripador, vamos por partes:
Primeiro, eu não acredito nos tais "cidadãos de bem". Dados o poder, a oportunidade e a garantia de impunidade o mais santo dos homens vira um criminoso. Além disso, em situações extremas, de raiva ou medo, por exemplo, qualquer "cidadão de bem" é capaz de cometer loucuras.
O que nos traz ao segundo motivo que me leva a odiar o argumento. Boa parte dos crimes (fico tentado a dizer 30%, como já me disseram numa mesa de bar, mas 90% das pessoas sabem que 80% das estatísticas ditas em mesas de bar são inventadas) são cometidas por pessoas que não tem passagem anterior na polícia ou histórico de comportamentos anti-sociais. Os tais "cidadãos de bem". Numa briga de trânsito, numa discussão em um bar, pela discussão mais fútil todos já vimos um amigo sair no braço com alguém (ou saímos nós memos). Agora imagine: E se meu amigo estivesse armado e começasse a perder a briga? Certamente apelaria para a arma.
Por esses motivos, eu voto a favor do Estatuto do Desarmamento. Porque eu sei que armado, gente como você e eu pode fazer uma estupidez.

Da Série "Poesia Fora de Hora"

Foi por insegurança? Por Medo?
Talvez por achar que fosse Cedo?
Por esperar que a vida seguisse um enredo?
Talvez só porque não quis?

Sempre haveria o próximo dia!
Era o que eu me dizia.
Ou achava que ela saberia
Ler aquilo que não se diz.

Ouça bem, é importante,
A declaração mais marcante
Foi aquela que nunca Fiz.

Da Série "Lógica Delirante"

Dizem que a pior porrada é aquela que você não sabe quando vem.
Eu Discordo: A pior porrada é aquela que você não sabe por que veio